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Mitos e verdades sobre radioterapia

Existe muita incerteza na hora de falar sobre câncer, e por isso é fundamental esclarecer as suas dúvidas.

                Entender quais as formas de tratamento, como funcionam, saber mais sobre os efeitos colaterais e outros assuntos envolvidos são questões importantes para que o paciente dê início a esse processo com mais tranquilidade e conhecimento.

                Confira estes 11 mitos e verdades sobre a radioterapia para ajudar você com possíveis questionamentos.

1. Existem vários tipos de radiação utilizadas para tratamento.

VERDADE. A radioterapia é um tratamento auxiliar no combate ao câncer. Por meio de radiação ionizante, as células cancerígenas são removidas do corpo do paciente.

As mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios Gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).

2. Se o câncer for diagnosticado, terei que fazer a radioterapia.

MITO. A radioterapia é muito comum durante o tratamento do câncer, mas esse tratamento não é necessário em todos os casos! Dois em cada três pacientes com câncer precisam fazer radioterapia, segundo a American Society of Radiation Oncology (ASTRO).

3. As células normais também podem ser danificadas com esse tratamento.

VERDADE. Entretanto, as células normais tem um forte poder de regeneração, coisa que não acontece com as anormais (cancerígenas). Hoje, esse tratamento é cuidadosamente pensado para preservar as células normais o máximo possível e assim diminuir os efeitos colaterais ao paciente.

4. A radioterapia é um procedimento que demanda uma equipe multidisciplinar.

VERDADE. Ela é realizada em um local específico, normalmente no Serviço de Radioterapia da clínica, porque é um tratamento que precisa de equipamentos específicos e de uma equipe profissional especializada. São muitos profissionais responsáveis pela rádio, cada um atuando em uma etapa do procedimento.

5. A radioterapia cumpre a função da quimioterapia.

MITO. A radioterapia, muitas vezes, entra no tratamento de câncer como auxiliar em conjunto com a quimioterapia, não como sua substituta.

6. A internação hospitalar faz parte da radioterapia.

MITO. Normalmente, as sessões de radioterapia são feitas em um ambulatório e não há a necessidade de internação do paciente. Cada sessão não dura mais do que uma hora. Muitas vezes não chega a 15 minutos.

7. Os tratamentos de câncer podem provocar efeitos colaterais tardios.

VERDADE. Todo tratamento de câncer tem chance de provocar efeitos tardios. Hoje, a radioterapia é pensada para minimizar os riscos de efeitos colaterais duradouros.

8. Os efeitos colaterais são agressivos em todos os casos.

MITO. Cada paciente reage de uma forma ao tratamento. Existem muitos fatores que devem ser levados em consideração. Dentre os principais estão a dosagem de medicamento, a capacidade de regeneração das células saudáveis e a área do corpo em tratamento.

9. Não é indicado fumar nem ingerir álcool durante o tratamento.

VERDADE. Todo mundo sabe o mal que o cigarro faz, não é mesmo? Ele, ainda por cima, interfere na recuperação dos efeitos colaterais. Quanto ao álcool, é indicado que ele seja evitado principalmente quando o tratamento envolve mucosas orais ou intestinais.

Além disso, recomenda-se também a não exposição ao sol, principalmente nas áreas que estão sendo tratadas. Manter uma alimentação saudável é fundamental (o acompanhamento com o nutricionista entra aí).

10. Não é possível dirigir logo após a sessão radioterápica.

MITO. Muitos pacientes são capazes de dirigir após a sessão e dar continuidade aos seus afazeres diários! É claro que isso varia de paciente para paciente e o médico dará as orientações necessárias de acordo com as demandas da pessoa.

11. A radioterapia mudou muito ao longo do tempo.

VERDADE. Hoje, ela é uma das principais aliadas no combate ao câncer. Esse tratamento está em constante reinvenção, a fim de melhorar o bem estar do paciente e diminuir cada vez mais os efeitos colaterais. Com uma equipe médica competente e preparada, o paciente tem altas chances de cura.

O que é neutropenia febril?

Neutropenia é o nível muito baixo dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, que ajuda no combate das infecções destruindo bactérias, vírus e fungos. Pacientes com neutropenia tem um risco aumentado de desenvolver infecções graves. A neutropenia ocorre em cerca da metade dos pacientes em quimioterapia e é comum em pacientes com leucemia.

Causas
O tratamento do câncer pode causar neutropenia de várias maneiras:
Alguns tipos de quimioterapia podem afetar a medula óssea, que deixa de produzir os elementos do sangue, reduzindo a produção de neutrófilos.
Cânceres que afetam diretamente a medula óssea, incluindo leucemia, linfoma e mieloma, ou metástases.
Radioterapia, especialmente dos ossos, pélvis, pernas, tórax ou abdome.
Pacientes com câncer, maiores de 70 anos ou com sistema imunológico debilitado tem maior risco de apresentar neutropenia. Pacientes com neutropenia grave ou de longa duração são os mais propensos a desenvolver uma infecção.

Sinais e Sintomas
A neutropenia em si não causa nenhum sintoma. Os pacientes geralmente descobrem que têm neutropenia pelo exame de sangue ou quando uma infecção se desenvolve. Como a neutropenia é um efeito colateral comum de alguns tipos de quimioterapia, o médico solicita exames de sangue regulares, normalmente um hemograma completo.

Para pacientes com neutropenia, jovem, até uma pequena infecção pode rapidamente se tornar grave. Converse com o médico se apresentar qualquer sinal de infecção como:
Febre.
Arrepios ou transpiração.
Dor de garganta ou úlceras na boca.
Dor abdominal.
Diarreia
Feridas ao redor do ânus.
Dor ou ardor ao urinar.
Tosse ou dificuldade respiratória.
Vermelhidão, inchaço ou dor, especialmente em torno de um corte, ferida, ou do cateter.
Corrimento anormal ou coceira vaginal

Tratamento
Dependendo do tipo ou dose da quimioterapia, a contagem de neutrófilos geralmente começa a cair entre 3 a 7 dias após cada ciclo e, geralmente, chegam ao valor mais baixo, cerca de 7 a 14 dias após o tratamento. Esse é o momento que o paciente está mais vulnerável à infecção. Em seguida, o número de neutrófilos volta a elevar-se, porém, pode levar de três a quatro semanas para chegar a um nível satisfatório. Quando o nível de neutrófilos volta ao normal, mais um ciclo de quimioterapia inicia-se. Se o paciente desenvolve neutropenia ou o nível de neutrófilos não retornar ao normal rapidamente, o novo ciclo de quimioterapia pode ser postergado ou recomeçar com uma dose menor. Às vezes, o médico recomenda o uso de antibióticos durante os períodos de neutropenia prolongada para tentar impedir a ocorrência de infecções.

Procedimentos para a doação de medula óssea

Após a confirmação da compatibilidade entre o doador e receptor, o doador poderá decidir sobre a doação. Se a resposta for positiva, é agendada a data do transplante.

O doador passará primeiramente por exames clínicos e laboratoriais, a fim de garantir a segurança do doador e receptor, evitando transmissão de doenças. Esta avaliação considera idade, sexo, doenças crônicas, avaliação das funções hepáticas e renal, tipagem ABO e HLA, sorologia, vacinações recentes, teste de gravidez, radiografia de tórax, eletrocardiograma e avaliação psiquiátrica.

Existem duas formas de doar a medula óssea:

  1. Punções na bacia: realizada com agulha especial e seringa na região da bacia, retira-se uma quantidade de medula óssea equivalente a uma bolsa de sangue. Para que o doador não sinta dor, é necessário tomar anestesia. O procedimento dura em média 90 minutos. A sensação de dor moderada permanece em média por uma semana e é semelhante a dor da injeção de Benzetacil. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas. É importante destacar que o procedimento não envolve cirurgia, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para sua casa no dia seguinte.
  2. Aférese: antes de realizar este procedimento, o doador precisa tomar um medicamento por 5 dia, que estimulará a multiplicação das células-tronco. As células-tronco do sangue migram da medula para as veias e são filtradas. O processo de filtração dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O medicamento aplicado antes da doação pode causar dores no corpo e fadiga.

O médico irá informar a melhor forma de coleta de células, isso dependerá da doença e da fase em que se encontra, assim o benefício para o paciente será maior. O transplante só será realizado quando o paciente estiver pronto para recebe-lo, essa resolução cabe ao médico que está acompanhando o caso.

O doador por possuir uma medula saudável e se encontrar em bom estado de saúde, reconstituirá o que doou rapidamente, voltando às atividades normais. Em casos especiais e raros, se necessário, o doador pode ser compatível e doar novamente a medula para outra pessoa.

Na foto, o registro de uma coleta de medula óssea (célula-tronco hematipoiética) para o REREME, realizada pela equipe do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Dedicação e competência brasileira: 1º resultado de tratamento com CAR-T cell é divulgado no País; ABHH tem discutido o tema amplamente

Na última quinta-feira (10), repercutiu a notícia que um paciente com linfoma não Hodgkin de célula B constata a remissão da doença após o uso pioneiro da terapia CAR-T cell. O procedimento foi conduzido por especialistas do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP e do Hemocentro, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Entre os profissionais estão o Dr. Dimas Tadeu Covas, ex-presidente da ABHH e coordenador do CTC, Dr. Renato Cunha, integrante do Comitê de Terapia Celular e pesquisador do Centro de Terapia Celular, e o Dr. Rodrigo Calado, coordenador do Comitê de Falências Medulares da ABHH e professor da FMRP-USP, entre outros especialistas.

Dr. Dante Langhi Jr., presidente da ABHH, parabeniza os profissionais empenhados nesta conquista brasileira. “O CAR-T cell tem sido largamente abordado em nossos eventos científicos, bem como pelos nossos Diretores e associados que viajam para os congressos internacionais e trazem essa inteligência para o Brasil. A ABHH vai continuar apoiando e estimulando os cientistas brasileiros empenhados em ampliar seu uso no país”, celebra.

Em agosto, de forma inédita, a ABHH realizou o Terapias Avançadas: Células e Genes (TACG), que trouxe um panorama sobre o CAR-T Cell e questões regulatórias do tratamento no Brasil e no mundo. Além disso, o tema será amplamente discutido no HEMO 2019, com as principais novidades científicas sobre o assunto e os maiores especialistas nacionais e internacionais. Na programação do sábado, 9 de novembro, o evento terá pela manhã um painel com a presença dos Drs. Dimas Tadeu Covas, Renato Cunha e do renomado especialista estrangeiro Hiroshi Shiku.

Fonte: https://abhh.org.br/

Em viagem à Espanha, no começo deste mês, a Drª. Juliana Salvador participou de um preceptorship no Hospital Vall d’Hebron, onde foi lançado o primeiro ensaio clínico internacional com terapia com células T CAR para pacientes com linfoma agressivo de células B não Hodgkin (NHL de células B) na Europa.

O VHIO é o primeiro local na Espanha a conduzir um estudo com esta imunoterapia para essa população de pacientes em particular.

A nova terapia com células T do receptor quimérico de antígeno (CAR) é uma abordagem baseada em imunoterapia que está emergindo rapidamente, envolvendo a remoção de células imunes de um paciente e a turbo-alimentação com novas proteínas que as capacitam a reconhecer e aprimorar o câncer. As células são então devolvidas ao paciente em grande número para montar um ataque antitumoral.

Na oportunidade, a Drª. Juliana teve a oportunidade de conhecer essa técnica e a unidade de internação desse centro (Foto acima).

13/10 – Dia Mundial da Conscientização da Trombose

A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. 
A trombose também pode se manifestar de diferentes formas:

  • A Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas da parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. É a forma mais comum da trombose.
  • Trombose arterial. Além da Trombose Venosa Profunda, existem também trombos que se formam nas artérias, bloqueando-as totalmente. Quando existe uma obstrução total das artérias do cérebro, por exemplo, ocorre o que é conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesses casos, a região a que o sangue não chega sofre um infarto cerebral e morre.
  • Trombose hemorroidaria. Quando uma hemorroida tem a formação aguda de trombos, chamamos isso de uma trombose hemorroidaria. Esse quadro implica no desenvolvimento de um nódulo com edema e de coloração arroxeada na margem anal. É frequentemente acompanhado de dor severa
    O que causa a trombose?
    A trombose possui várias causas e fatores de risco. A maior parte delas são evitáveis, então procure sempre um médico e faça exames regularmente, além de manter um estilo de vida saudável. As principais causas da trombose são:
  • uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal;
  • tabagismo;
  • ficar sentado ou deitado muito tempo;
  • hereditariedade;
  • gravidez;
  • presença de varizes;
  • idade avançada;
  • pacientes com insuficiência cardíaca;
  • tumores malignos;
  • obesidade;
  • distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
  • história prévia de trombose venosa.
    Quais são os sintomas da trombose?
    A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são nessa forma da doença são:
  • dor;
  • calor;
  • vermelhidão;
  • rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.
    Como é feito o tratamento da trombose?
    Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da trombose deve começar imediatamente. O tratamento tem três objetivos:
  • Impedir o crescimento do coágulo sanguíneo.
  • Impedir que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo e, assim, evitar possíveis complicações.
  • Reduzir as chances de recorrência da trombose.
    Durante o tratamento, existem medicamentos e outras formas de complementar o tratamento, conforme indicação médica de acordo com cada caso. Entre as opções estão:
  • Diluidores do sangue, como anticoagulantes, que diminuem as chances de haver coagulação do sangue.
  • Uso de medicamentos para casos mais graves de tromboses e também de embolia pulmonar, conhecidos como heparina.
  • Inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões.
  • Meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.

    Para dúvidas e tratamento consulte um hematologista!

Fonte saúde.gov.br

Doação de sangue: o que é, requisitos, como doar, quem pode doar?

O que é a doação de sangue?

Além de pessoas que submetem a procedimentos e intervenções médicas, o sangue também é indispensável para que pacientes com doenças crônicas graves – como Doença Falciforme e Talassemia – possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além de ser de vital importância para tratar feridos em situações de emergência ou calamidades. Uma única doação pode salvar até quatro vidas.

O sangue é insubstituível e sem ele é impossível viver. Por isso, é fundamental manter os estoques de sangue sempre abastecidos e não apenas em datas específicas ou quando algum conhecido precisar.

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.

Quais são os requisitos para doação de sangue?

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.

Os requisitos para doar sangue é estar com bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:

  • Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue.
  • Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulher.
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Agora que você entende a importância deste ato de solidariedade, faça a sua parte. Vá ao hemocentro mais próximo e doe sangue regularmente. Vidas dependem de você!

Vamos falar sobre Hemofilia?

Hemofilia é uma doença genética e hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo masculino.

Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a hemofilia B, por deficiência do fator IX.

A mutação que causa hemofilia fica localizada no cromossoma X. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras dessa alteração. O filho do sexo masculino é que pode manifestar a enfermidade.

Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente, sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. A apresentação clínica das hemofilias A e B é semelhante, caracterizada por sangramentos intra-articulares (hemartroses), hemorragias musculares ou em outros tecidos ou cavidades. As hemartroses afetam mais frequentemente as articulações do joelho, tornozelo, cotovelo, ombro e coxofemoral.

O diagnóstico de hemofilia deve ser pensado sempre que há história de sangramento fácil após pequenos traumas, ou espontâneo, podendo ser hematomas subcutâneos nos primeiros anos de vida, ou sangramento muscular e/ou articular em meninos acima de dois anos, ou mesmo com história de sangramento excessivo após procedimentos cirúrgicos ou extração dentária. É importante lembrar que embora a história familiar esteja frequentemente presente, em até 30% dos casos pode não haver antecedente familiar de hemofilia.

O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição do fator de coagulação. Uma possibilidade de tratamento é a reposição intravenosa do fator deficiente (fator VIII na hemofilia A ou fator IX na hemofilia B). Mas para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regularmente e jamais utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos. Há o risco de o paciente desenvolver inibidores, que neutralizam o fator coagulante.

Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.

Clicando aqui você acessa o Manual de Hemofilia, do Ministério da Saúde.

Atividade física durante a quimioterapia, pode?

No tratamento oncológico, os exercícios físicos podem ser realizados durante ou após a quimioterapia e a radioterapia, como adjuvante ao tratamento. Quando feitos regularmente, auxiliam na regulação de hormônios e atuam sobre o sistema imunológico, ajudam a manter a composição corporal adequada (ou seja, a distribuição entre músculos, gordura e ossos no corpo), a diminuir a perda de massa muscular e a manter o coração funcionando bem.

Um efeito colateral recorrente no tratamento da maioria das neoplasias é a fadiga. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, entre 72 e 95% dos pacientes são afetados por esse cansaço extremo, que pode resultar na diminuição significativa da qualidade de vida. Estudos mostram que a prática diária de exercício pode diminuir a intensidade desse sintoma em até 50%.

Mesmo com todos esses benefícios, é muito importante que as pessoas em tratamento de câncer tenham cuidado redobrado durante os exercícios. Em geral, recomenda-se a realização de, pelo menos, 30 minutos de exercícios físicos por dia ou 150 minutos de atividade ao longo da semana, tempo este dividido entre exercícios de resistência muscular e aeróbicos, mas sempre de intensidade baixa. É a importante sempre consultar um médico, pois cada caso é um caso e estar acompanhado por um bom educador físico e que tenha experiência em pacientes com câncer é fundamental.

Dra. Juliana Salvador ministrou aula sobre monitorização e tratamento de LMC

A Dra. Juliana Salvador ministrou aula sobre monitorização e tratamento de Leucemia Mieloide Crônica (LMC) a um grupo de colegas hematologistas no dia 21/05/19, em Santa Maria. A atividade faz parte do Programa de Educação Médica RM4.5 de Casos Clínicos 2019, organizado pela Novartis Biociências, que contará com o envio de relatos de casos de pacientes em tratamento de LMC, envolvendo médicos de todo o Brasil. O objetivo do projeto é difundir o conhecimento técnico e científico sobre o tratamento dessa doença.

Além de coordenadora do grupo de Santa Maria no Programa RM4.5, a Dra. Juliana Salvador é responsável pelo ambulatório de LMC no Hospital Universitário de Santa Maria, atualmente tratando 94 pacientes com essa doença.