A Síndrome Mielodisplásica ou SMD é uma desordem da medula óssea que se caracteriza pela incapacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas maduras e funcionais.
De uma maneira simplificada, a medula óssea é a responsável por produzir os três tipos de células do sangue:
Os glóbulos vermelhos ou hemácias – responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos;
Os glóbulos brancos ou leucócitos – encarregados da defesa do organismo;
E as plaquetas – essenciais na coagulação do sangue e portanto, para evitar sangramentos.
Os principais sinais da SMD decorrem da diminuição de um ou mais tipos de células do sangue, podendo apresentar como sintomas:
• Queda de hemoglobina com palidez cutânea, fraqueza, tontura, palpitações e falta de ar;
• Queda de leucócitos com infecções de repetição, principalmente bacterianas;
• Queda de plaquetas com risco aumentado de sangramentos.
A Síndrome Mielodisplásica também se caracteriza pelo risco de evolução para uma leucemia mieloide aguda. Este risco pode ser mais elevado em alguns pacientes, dependendo de alguns critérios observados no diagnóstico e ao longo da doença. A definição desse risco serve de norte para o tratamento da SMD.
A doença tem incidência em torno de 4 a 5 casos a cada 100.000 pessoas por ano e aumenta com a idade, principalmente acima dos 65 anos, mas também existem raros casos em pacientes jovens e até crianças.
A SMD pode ser primária, ou seja, sem nenhuma causa relacionada, ou secundária, quando ocorre após tratamento com quimioterapia e radiação para outros tipos de câncer.
O primeiro passo para diagnosticar a doença está no hemograma, onde se pode visualizar baixas taxas de uma ou mais linhagens de células do sangue.
O diagnóstico precoce garante melhores resultados no tratamento. Por isso é importante observar os sintomas, bem como realizar exames periodicamente.